_{© Dion Beetson | Unsplash}

O lançamento oficial do projeto “EJMapping | Cartografias dos Conflitos de Justiça Ambiental em Portugal” decorre no dia 5 de dezembro de 2025, entre as 9h30 e as 17h00, na Sala 1 do CES, e em formato online. Assinala-se, assim, o início de um trabalho aprofundado de investigação dedicado à identificação e análise dos conflitos de justiça ambiental no país.

O EJMapping pretende compreender como diferentes atividades - industriais, energéticas, agroindustriais, turísticas, mineiras ou relacionadas com grandes infraestruturas - têm influenciado ecossistemas e comunidades, contribuindo, por vezes, para situações de vulnerabilidade social e ecológica.

O projeto é coordenado pelo investigador Gustavo García López e conta com a participação de Eliane Rapchan, Joana Vaz Sousa e Jonas Van Vossole, no âmbito da Oficina de Ecologia e Sociedade (ECOSOC) do CES.

Uma abordagem participativa e multidisciplinar

Assente numa metodologia de contra-mapeamento, o projeto valoriza o conhecimento das pessoas que habitam os territórios afetados e a sua experiência direta dos impactos sociais, políticos e ambientais. A equipa irá:

• Desenvolver um mapa nacional de conflitos ambientais, inspirado no Environmental Justice Atlas (EJAtlas), com base num inquérito nacional centrado no período posterior a 2018;
• Realizar estudos de caso aprofundados nas regiões Centro, Alentejo e Algarve;
• Envolver diretamente cidadãs e cidadãos, organizações, instituições e movimentos ambientais;
• Recolher testemunhos através de entrevistas, observação participativa, mapeamento corpo-território e registos sonoros e visuais.

Um espaço de diálogo e reflexão

O encontro de lançamento tem como objetivo apresentar o projeto à comunidade, promover reflexão crítica e estimular formas de participação que acompanharão o desenvolvimento do EJMapping. Será também um momento de escuta mútua entre pessoas envolvidas em lutas ambientais e investigadoras/es do CES, reforçando o papel da universidade na investigação engajada e na promoção da justiça ambiental.

A participação é gratuita, mas requer inscrição prévia.