Conferência-Concerto
Encontro com Mário Lúcio Sousa - Palavras e Música
13 de outubro de 2020, 21h30
Teatro Académico de Gil Vicente (Coimbra)
© Paulo Spranger /Global Imagens
A Redução do Outro como reflexo da incultura
"A Escravatura, o Colonialismo, O Neocolonialismo, a Violência, os Preconceitos (Racismo, Xenofobia, Homofobia….) são acções destinadas a reduzir o Outro. A redução do Outro confere compensação, supre carências profundas e inesgotáveis. A causa dessas manifestações estão numa perversa falta de cultura, a cultura no seu sentido espiritual, que vai do amor, das religiões, do conhecimento, do ensino, às artes. A compreensão através dessas diversas disciplinas e práticas de que o Outro somos nós, pode mudar o coração que mudar a mente”.
"Farei uma fala de 20 minutos, a partir do romance «O Diabo Foi Meu Padeiro» que relata a vivência dos detidos no Campo de Concentração do Tarrafal. Seguirá uma sessão de interacção com o público de 30 minutos. Por fim, um recital de música sobre o amor."
Entrada Gratuita | Os/as espetadores/as interessados/as deverão efetuar reserva, através do endereço bilheteira@tagv.uc.pt, até às 20h00 do dia do evento.
Nota biográfica
Mário Lúcio Matias de Sousa Mendes - Cantor, compositor, escritor, pensador, nasceu em 21 de Outubro de 1964, no Tarrafal, Ilha de Santiago, Cabo Verde. É uma das figuras mais reconhecidas da cena cultural cabo-verdiana, tanto local como internacionalmente. Mário Lúcio é músico, cantor-compositor, o escritor mais premiado do país internacionalmente, o poeta que marcou a viragem na nova poesia cabo-verdiana com o livro Nascimento de Um Mundo, um dos conceituados pensadores da sua geração, autor do Manifesto a Crioulização, a obra mais actual sobre o fenómeno da Crioulização no mundo.
Fundador e líder do grupo musical Simentera, ex-libris da música cabo-verdiana, Mario Lucio tornou-se uma referência de música e cultura em Cabo Verde. Tem nove discos de originais, uma compilação de 80 canções suas mais escutadas, e colaborações com Cesaria Evora, Mayra Andrade (Cabo Verde), Manu Dibango (Camarões) Touré Kunda (Senegal), Paulinho Da Viola, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Pablo Milanes (Cuba), Mario Canonge e Ralph Tamar (Martinica) Teresa Salgueiro, Luis Represas, (Portugal) Toumani Diabate (Mali), Harry Belafonte (EUA), Oliver Mtukudzi (Zimbabué), e entre muitos outros.
Estudos Académicos e competências: Mario Lucio é graduado em Direito pela Universidade de Havana. Foi deputado no Parlamento cabo-verdiano, de 1996 a 2001. Conselheiro do Ministro da Cultura (1992) e Conselheiro Cultural do Comissário da Expo / 92. Autor do projecto musical de Cabo Verde para a Expo 92 (Sevilha) e 98 (Lisboa).
Embaixador Cultural de Cabo Verde.
Ministro de Cultura e Artes, de 2011 a 2016
Distinções:
Medalha da Ordem do Vulcão, pelo Presidente da República de Cabo Verde • Prémio Cubadisco do Melhor Álbum Internacional 2012 (Kreol) • Womex- Personalidade do ano, 2014 • Membro de Academia de Letras de Cabo Verde, da Sociedade de Autores e Editores de Música, SACEM; Membro da Sociedade Portuguesa de Autores, SPA, e da União Brasileira de Compositores. Medalha de Mérito de Primeiro Grau por serviços relevantes prestados à Cultura, pelo Governo de Cabo Verde.
Prémio do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa)
Prémio Carlos de Oliveira, Portugal,
Prémio Miguel Torga- Cidade de Coimbra 2015;
Prémio PEN Clube de Literatura para melhor romance em língua portuguesa de 2016
Dramaturgo. Escreveu: Adão e As Sete Pretas de Fuligem (2001). Sozinha No Palco (2004). Vinte e Quatro Horas na Vida de um Morto (2006), Um Homem, Uma mulher e um Frigorífico (2007), Adão e Eva (2012), Os Dias de Birgit (2018).
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Atividade no âmbito do Programa de Doutoramento Pós-Colonialismo e Cidadania Global, do projeto CROME - Memórias cruzadas, políticas do silêncio: as guerras coloniais e de libertação em tempos pós-coloniais (ERC Starting Grant 715593), do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas e do Doutoramento em Literatura de Língua Portuguesa (FLUC), em parceria com o Teatro Académico de Gil Vicente