Apresentação

As políticas científicas contemporâneas prioritarizam a necessidade da integração das ciências naturais e sociais como forma de abranger o ‘público’ e assim criar formas responsáveis de fazer ciência.  Isto é particularmente verdade no caso da nanotecnologia.  Mas como é que esta integração tem funcionado na prática? Utilizando a minha própria experiência como cientista social num centro de nanofabricação norte-americano, examinarei como o ‘social’ é incorporado no laboratório.  Em particular, focarei dois temas: as formas em que o ‘público’ e o ‘social’ se transformam em sinónimos, e como isto afecta as expectativas relativamente às possíveis contribuições das ciências sociais. 

Nota biográfica

Ana Viseu é Professora Assistente de Comunicação & Cultura na Universidade de York, Canadá, onde também é membro do Programa de Estudos de Ciência e Tecnologia.  Os seus interesses de investigação incluem as interacções entre os seres humanos e as tecnologias emergentes e o modo como estas interacções estão a transformar e a reformular os conceitos de identidade, incorporação, diligência e privacidade.  A sua investigação examina estas questões através de uma análise das práticas de desenvolvimento e da utilização de tecnologias emergentes (e controversas), tanto de um ponto de vista teórico como material.  Especializa-se na avaliação crítica das tecnologias – como, por exemplo, a nanotecnologia, computação vestível e robótica – que fazem do organismo a interface entre biologia e informação. A Doutora Ana Viseu publicou comunicações em inúmeras publicações, incluindo as revistas científicas Ethics & Information Technology e Information, Communication and Society  Está, actualmente, a trabalhar em duas futuras publicações sobre computação vestível e nanotecnologia, para submeter às revistas científicas NanoEthics e Social Studies of Science.

Seminário no âmbito do Programa de Doutoramento em ‘Governação, Conhecimento e Inovação’